quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


A Literacia da Informação na Escola do século XXI: Como trabalhar com a Biblioteca Escolar


Tarefa
 
Depois de explorar as diversas situações apresentadas na ficha de trabalho Localizar e avaliar recursos educativos digitais, aceda, até ao dia 5 de fevereiro, ao fórum 1 ou 2 e:


2. Reflita, de forma breve, sobre o que constituiu novidade para si, a utilidade dos recursos apresentados e a forma mais eficaz de os dar a conhecer aos outros professores da escola/agrupamento e aos alunos (professor bibliotecário, tarefa 2, fórum 2).


Desconhecia os site http://www.europena.eu/portal/, http://www1.teachertube.com/, http://infopedia.pt entre muitos outros que, com certeza, existem mas, não tive o tempo e a oportunidade de os explorar. Até porque muitos deles não se adequam à faixa etária a que estamos habituados a trabalhar ou mesmo porque são de áreas curriculares diferentes da nossa. E tamm porque o mundo da Web está em permanente atualização, e não é possível conhecer tudo. Daí, a grande importância de articulação do trabalho entre o Professor Bibliotecário e o Professor da disciplina que conhecerá, provavelmente, recursos educativos digitais mais específicos da sua área curricular e entre ambos conseguem proporcionar, à comunidade educativa, um leque mais diversificado de RED (Recursos Educativos Digitais).

Todos estes recursos são, sem vida, de grande utilidade para o mundo das escolas, ora de uma forma mais específica, ora de uma forma mais transversal e global.

Trata-se pois de conhecê-los, divulgá-los e explorá-los, quando necessário, através de atividades didáticas.

De uma forma mais generalizada e simplista poder-se-ia criar uma listagem de sites e enviar, por mail, a todos os professores e mails de turma. No entanto, creio que esta forma poderia correr o risco de não ter muito sucesso. Os professores são assoberbados de correio eletrónico  e esta seria mais uma mensagem que poderia cair no esquecimento.

O processo mais útil, atrativo, dirigido a todos alunos e professores - organizado por assunto e sempre disponível, seria uma ferramenta diigo, que poderá estar alojada no blog da Biblioteca Escolar ou no link da Biblioteca Escolar, na página da Escola - para arquivar e etiquetar websites preferidos, para possam ser consultados a partir de qualquer lugar, desde que exista acesso à internet. Este tipo de serviços costuma ser conhecido pelo termo inglês de  social bookmarks, porque os bookmarks guardados podem ser partilhados com amigos ou visualizados pelo público em geral. Como alguém disse:

“Collect everything, find fast, share easily, and access anywhere.

https://itunes.apple.com/us/app/diigo/id417202559?mt=8

 

Recolha tudo, encontre rapidamente, partilhe facilmente e aceda em qualquer lugar."

Helena Magalhães                               Escola sica Deu-la-Deu Martins                            janeiro de 2013
Clique no link seguinte para visualizar a tarefa da sessão 3

https://docs.google.com/file/d/0B8jmnTAg9feYMmRtNFdTWms5bmM/edit

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sessão 2 - Tarefa 1


“A Literacia da Informação na Escola do século XXI: Como trabalhar com a Biblioteca Escolar”

 

Tarefa 1 - Reflexão sobre o papel da Biblioteca e do professor bibliotecário, identificando três áreas de intervenção que considere mais relevantes

1. Tendo em conta os desafios da era digital e os novos ambientes de aprendizagem que caracterizam o início deste milénio, faça uma breve reflexão sobre o papel da biblioteca e do professor bibliotecário, identificando três áreas de intervenção que considere mais relevantes.

 

Considerando, em termo legais, que:

 

Nota introdutória da Portaria n.º 756/2009 de 14 de julho:

“Trata-se de garantir que a biblioteca escolar se assume, no novo modelo organizacional das escolas, como estrutura inovadora, funcionando dentro e para fora da escola, capaz de acompanhar e impulsionar as mudanças nas práticas educativas, necessárias para proporcionar o acesso à informação e ao conhecimento e o seu uso, exigidos pelas sociedades atuais.”

 

Alínea f) do art.º 3.º - Conteúdo Funcional - da Portaria n.º 756/2009 de 14 de julho.

 “Apoiar as atividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada”.

 

e após a leitura dos textos propostos para esta tarefa, podemos fazer a seguinte análise:

As crianças e jovens estão dotados de um Know how, de uma perceção instintiva, de uma aptidão e familiaridade no uso das tecnologias da comunicação e informação, que os colocam acima de qualquer dificuldade ou necessidade de intervenção pedagógica. No entanto, a investigação tem vindo a colocar uma série de reservas sobre estas qualidades, nomeadamente no que diz respeito ao exercício de competências de informação, do pensamento crítico e de atitudes responsáveis, com implicações importantes na aprendizagem e sucesso educativo.

Os alunos precisam de ser ensinados sobre a forma como podem utilizar essas ferramentas na aprendizagem e exercício do pensamento crítico e construção do conhecimento, capacidade de análise, adotando um comportamento cívico transformando-os em cidadãos interventivos com sucesso, quer em termos escolares quer em termos pessoais.

O desenvolvimento da sociedade da informação não acontece por haver magníficas coleções, ambientes físicos inspiradores ou redes avançadas de tecnologia de informação. Apesar de serem elementos importantes, a tarefa mais complexa, desafiadora e compensadora de um educador é transformar a informação em conhecimento. Todd afirma a este propósito: “Information is not power. It is human understanding and knowledge that is power, and information is how you get it.”. A informação é apenas um meio para atingir os objetivos a que a escola se deve propor: a formação de cidadãos autónomos enquanto construtores do seu próprio conhecimento, e responsáveis, críticos e éticos enquanto utilizadores e produtores de informação. Atualmente, espera-se que a escola forme cidadãos ativos, interventivos e críticos, mas também responsáveis e autónomos. A escola deve possibilitar a construção autónoma de saberes e igualmente lançar as sementes para a aprendizagem ao longo da vida. A aprendizagem em ambiente escolar não deve permanecer confinada às quatro paredes da sala de aula. Deve, pelo contrário, ocorrer nos vários espaços da escola, da comunidade e do ciberespaço.

A Biblioteca tem aqui um papel fundamental enquanto espaço que detém os recursos necessários para o desenvolvimento destas competências transversais ao currículo – soft skills. Para tornar eficaz a consecução destas metas finais é necessária uma forte articulação entre professores das diferentes disciplinas, o Professor bibliotecário e a equipa da Biblioteca no desenvolvimento de atividades que, indo de encontro às necessidades curriculares, se complementem com a formação tecnológica e digital dos dias de hoje.

O surgir do documento com as metas curriculares apenas exigindo as hard skills, transpondo para um currículo oculto as soft skills pode à partida trazer aquilo que a mim me parece uma falsa preocupação. Isto não tem volta. A era digital está aí e vai continuar. A literacia da informação está inerente a qualquer currículo e ela vai-se processando ao longo da escolaridade dos alunos, quer seja ao nível da leitura, quer ao nível científico, matemático da informação, dos média, etc. e aqui têm muita importância, quer os professores das disciplinas, quer o professor bibliotecário, os encarregados de educação. No entanto, concordo com o facto de, se existir um referencial com obrigatoriedade de cumprimento por parte dos currículos de cada uma das disciplinas, a nível nacional, com recurso às bibliotecas escolares e ao conhecimento dos professores bibliotecários, fica mais garantida a aquisição desses saberes.

As três áreas de intervenção da BE: literacia da leitura, literacia dos média e literacia da informação parecem-me adequadas à aprendizagem no contexto da sociedade do conhecimento.

A literacia da leitura inclui o uso, reflexão e compreensão de textos multimodais, impressos ou digitais e o domínio de diferentes formas de expressão: oral, escrita e multimédia.

A literacia dos media visa formar para a análise crítica e compreensão da natureza dos diferentes média.

A área da literacia da informação visa dotar os alunos de conhecimentos que os capacitem para a pesquisa, acesso, avaliação produção e uso ético da informação.

Seria importante definir quais as aprendizagens a desenvolver pelos alunos de cada nível de ensino relacionadas com estas literacias. Assim, ficaria melhor definida a ação da BE na escola.

Hoje em dia, as salas de aula e as bibliotecas escolares já bem apetrechadas com equipamento tecnológico para poderem desenvolver nos alunos muitas competências no âmbito das literacias. É necessário sim uma constante atualização do corpo docente relativamente ao mundo digital em constante mudança e formações no âmbito desta ação de formação.
                                                                                                                  Helena Magalhães